A menos de um mês do Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo discute a ampliação do Parque de Abrolhos, uma região de mais de 90 mil quilômetros quadrados no litoral da Bahia e do Espírito Santo. A região, que abriga blocos de exploração de petróleo e gás, é conhecido por reunir milhares de baleias jubarte.
As unidades de conservação marinhas no Brasil cobrem 1,52% das águas sob jurisdição do País. Esse porcentual quase dobraria, para 3%, com a ampliação do parque. A decisão limitará a exploração de petróleo e gás na região, que está para ser classificada "em moratória" para a atividade, conforme o Estado revelou no mês passado.
A criação de novas áreas protegidas é estudada, em parte, para compensar a redução recente de 1.020 quilômetros quadrados de cinco unidades de conservação na Amazônia. A área vai abrigar os lagos das futuras usinas hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, no Pará.
O governo analisa também a criação da Estação Ecológica de Alto Maués (AM), com mais de quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo. E o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade prepara um pacote de criação de novas reservas extrativistas, que abrigam comunidades tradicionais. / M.S.
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