quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Serra Grande realiza Festival Conduru com o tema: Conectando sociedade e natureza - 30 de outubro a 02 de novembro/2011


Associação de Juízes para Democracia e coletivo de entidades populares do Sul da Bahia estiveram na comunidade Indígena Tupinambá da Serra do Padeiro em Buerarema/BA

No ultimo sábado (26/10/2013), cerca de 50 pessoas representantes de diversas Instituições regionais estaduais e nacionais estiveram na Aldeia Serra do Padeiro, do povo Tupinambá de Olivença. A visita teve o caráter de prestar solidariedade e tomar conhecimento da luta deste povo. 

Na oportunidade o cacique Rosivaldo Ferreira relatou a luta de seu povo para os presentes e todo o processo de criminalização que vem sofrendo a comunidade Tupinambá. Desde os ataques psicológicos até os mais cruéis e silenciosos, potencializados por meios de comunicação ligados ao latifúndio regional, colocou que este processo vem se repetindo ao longo da história, citou como exemplo a luta do seu parente Marcelino José Alves conhecido por Caboclo Marcelino que na década de vinte foi perseguido de forma violenta por defender o direito de seu povo, e assim como ele foi chamado de “Lampião do sul da Bahia”. E finalizou afirmando que esta luta não começou agora e ele não é o primeiro a ser perseguidor e criminalizado. 

O cacique Babau foi categórico ao afirmar que a culpa de toda esta situação de violência e insegurança estabelecida na região é do Governo Federal em especial do Ministro da Justiça que não cumpre o seu papel e tenta enganar a todos com “conversa mole”. O que todos nós precisamos é que ele assine a Portaria Declaratória e dê continuidade ao processo de demarcação devolvendo a nossa terra e garantindo os direitos dos pequenos agricultores, falou o cacique. 

As entidades presentes se solidarizaram com a comunidade e externaram suas preocupações diante do quadro de perseguição e calunias que vem ocorrendo na região, e em especial nas cidades de Buerarema e São José da Vitória. As Entidades ligadas aos trabalhadores rurais presentes na visita (CETA, MLT, CPT, AATR, Polo Sindical, Central de Cooperativas do Litoral Sul) colocaram a necessidade de esclarecer aos pequenos produtores, todo este processo de demarcação para que eles percebam que o inimigo deles não são os Tupinambá, mas sim os Governos Federal e Estadual que se omitem de cumprirem seus papeis. E que juntos (indígenas e trabalhadores rurais) possam lutar pela garantia de seus direitos sem se deixarem ser usados. 

Os visitantes ainda tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da Aldeia Serra do Padeiro, sua organização, desfrutar de um delicioso almoço e no período da tarde conhecer mais uma obra inacabada do governo dentro da aldeia, uma ponte que em muito facilitará o escoamento da produção dos Tupinambá. A ponte está pronta faltando apenas às cabeceiras da mesma. 

A juíza Drª Kenarik Boujikian – Presidenta Nacional da AJD, Drº Reno Viana – Coordenador da AJD na Bahia, Drº André Bezerra (Conselho de Administração da AJD), Drº Naum Leite, Advogado da comissão de Direitos humanos da OAB da Bahia e representando o Conselho Federal da OAB; Isaac e Marcos Rocha da Articulação dos Conselhos da Comunidade da Bahia e D'Almeida, que é repórter fotográfico, relataram a serie de visitas que fizeram na região durante estes três dias, ao Ministério Público Federal, Dom Mauro Montagnoli – Bispo de Ilhéus, Dom Ceslau Stanula – Bispo de Itabuna, Drº Victor Cretella e Drª Maysa Pomponet – juízes federais de Itabuna, Policia Federal, Força Nacional, Cimi e as Lideranças Tupinambá na Aldeia Tucum, onde as mesmas entregaram a comitiva um extenso dossiê sobre a situação do povo Tupinambá. As reuniões tiveram como objetivo perceber “in-loco” a real situação estabelecida no sul da Bahia, e a partir deste olhar e conversas, definir ações da AJD que possam vim a contribuir para a resolução deste grave problema. 

Fizeram-se presente na visita: Associação Juízes para a Democracia (AJD), Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), Associação para o Resgate Social (ARES), Associação de Docentes da Universidade de Santa Cruz (Adusc), Centro de Estudo, Pesquisa e Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (Cepedes), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Central de Cooperativas do Litoral Sul, Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Criança, Articulação de Políticas Públicas da Bahia (APP), Missionárias Agostinianas Recoletas (MAR), Federação de Órgãos para assistência social e educacional (FASE), Levante Popular da Juventude, Movimento de Mulheres em Luta (MML), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Coordenação Estadual dos Trabalhadores Acampados, Assentados e Quilombolas (CETA), Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica (OCA), Coletivo dos Alfabetizadores Populares da Região Cacaueira (Caporec), Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves (EACMA), Movimento Negro Unificado (MNU), Polo Sindical de Itabuna, Conselho da Comunidade Para Assuntos Penais da Comarca de Vitória da Conquista, Conselho de Cidadania Permanente, Ordem dos Advogados do Brasil (Conselho Federal), Fórum de Educação no Campo, Assessoria do Deputado Yulo Oiticica, Estudantes e religiosos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

1ª edição da Feira Ecosolidária de Produtos Agroflorestais acontece no sul da Bahia

I FLORA BAHIA estimula a criação de nichos de mercado para produtos regionais

O Instituto Cabruca, com o apoio da SETRE, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte/Vida Melhor, realizará a 1ª edição da FLORA BAHIA – Feira Ecosolidária de Produtos Agroflorestais, no período de 14 à 18 de outubro, no Centro de Convenções, em Ilhéus, a partir das 16 horas.

A Feira tem como principais objetivos estimular a criação de nichos de mercado para produtos regionais, especialmente não madeireiros, importantes para a conservação da biodiversidade, promovendo a expansão do primeiro setor e o incremento da economia solidária no sul da Bahia.

O evento reunirá organizações da agricultura familiar dos territórios de identidade do Litoral Sul, Baixo Sul, Médio Rio de Contas, Extremo Sul, Costa do Descobrimento e do Conselho de Implantação da Indicação Geográfica do Cacau Cabruca Sul da Bahia. Os expositores convidados são reconhecidos por produzirem dentro dos princípios da Economia Solidária, um tipo de produção que promove a inclusão social e o respeito ao meio ambiente.
Cláudio Lyrio - Coordenador da I Flora Bahia
De acordo com Cláudio Lyrio, Coordenador da Feira e Secretário Executivo Adjunto do Instituto Cabruca, "a I Flora Bahia é uma oportunidade importante para a criação de espaços de comercialização e conquista de novos mercados para os produtos da agricultura familiar, bem como para o fortalecimento e promoção de ações de Economia Solidária na macro região cacaueira da Bahia. No entanto, é preciso que as organizações que atuam no setor se organizem para atender as demandas que irão surgir".

A programação contará com exposição de produtos agroflorestais, apresentações culturais, shows musicais, troca de saberes e sabores, comidas típicas, cine flora e muito mais. Também serão criados espaços de debate, planejamento e construção coletiva do conhecimento e de estratégias, visando consolidar a experiência do trabalho em rede na região através da organização da “Rede de Produção Agroecológica do Sul da Bahia – Teia Agroecológica dos Povos da Cabruca”.
Paralelo a feira estará acontecendo o IX Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais,no mesmo período, dentro do Centro de Convenções, tendo como tema central "Políticas Públicas, Educação e formação em sistemas agroflorestais na construção de paisagens sustentáveis".
Maiores informações:
(73) 3633 6899