terça-feira, 5 de março de 2013

Salve Comandante Chávez


Hasta la victoria siempre comandante Hugo Chávez

Homenagem da OCA

Queima de sacos de cacau e a unidade entre o setor produtivo marcaram protesto de produtores de cacau no sul da Bahia



O protesto contra a importação de amêndoas de cacau oriundas de Gana pelas indústrias moageiras aconteceu no dia 05 de março/2013 bloqueando a entrada do Porto do Malhado em Ilhéus por toda manhã. 
A manifestação contou com a participação de diversos setores da cadeia produtiva do cacau como assentados, sindicalistas, cooperativas, agricultores familiares, associações, ambientalistas, federações, prefeitos, vereadores e deputados baianos, além de diversos movimentos sociais da região cacaueira da Bahia como o Movimento de Luta Pela Terra (MLT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
As principais reinvindicações dos produtores foram a valorização do produto no mercado interno, o bloqueio à importação de cacau e principalmente o estabelecimento da política de preço mínimo para o cacau produzido no Brasil. Segundo os produtores, a importação é considerada descabida, já que o Brasil é alto suficiente na produção de cacau frente à capacidade instalada do parque moageiro no estado da Bahia. Aliado a isso temos o auto risco da operação com relação à introdução de pragas e doenças exóticas, um perigo para toda a região cacaueira.
Em discursos inflamados vários representantes fizeram uso da palavra. A unidade do setor produtivo na busca do estabelecimento de uma política de preço para o cacau deu o tom do protesto. 
Segundo Durval Libânio, Presidente da Câmara Setorial do Cacau, “a região cacaueira ainda é capaz de gerar riquezas e conservar o meio ambiente como nenhum outro setor produtivo no Brasil”. 
Durval lembrou ainda que “todas essas políticas públicas discutidas como, política de preço mínimo, previsão de safras, seguro agrícola, foram pautadas e pedidas ao Ministério da Agricultura que reconheceu no seu documento pra Rio + 20 que o sistema cacau cabruca é um modelo de sustentabilidade. Mas infelizmente, isso não se concretizou na prática. A região precisa avançar sobre a agregação de valor e a agroindustrialização para sermos referência mundial em produção de cacau e chocolate”. 
A manifestação foi encerrada com a queima de diversas sacas de cacau pelos produtores que aguardam o posicionamento do governo para o planejamento de ações futuras.
Em meio à manifestação circulou a noticia que um africano que viajava clandestino no navio foi encontrado morto. O Navio “Victoria”, oriundo de Gana, atracou no Porto Internacional do Malhado em Ilhéus com cerca de cinco mil toneladas de cacau. Peritos do Departamento de Policia Técnica fizeram o levantamento cadavérico e a Polícia Federal irá investigar as causas da morte do homem encontrado em um tanque de água do navio.
Fotos: Cláudio Lyrio