sábado, 3 de dezembro de 2011

CARTA DOS ESTUDANTES GUARANI E KAIOWÁ

Por volta das seis horas chegaram os pistoleiros. Os homens entraram em fila já chamando pelo Nísio. Eles falavam segura o Nísio, segura o Nísio. Quando Nísio é visto, recebe o primeiro tiro na garganta e com isso seu corpo começou tremer. Em seguida levou mais um tiro no peito e na perna. O neto pequeno de Nísio viu o avô no chão e correu para agarrar o avô. Com isso um pistoleiro veio e começou a bater no rosto de Nísio com a arma. Mais duas pessoas foram assassinadas. 

Alguns outros receberam tiros mas sobreviveram. Atiraram com balas de borracha também. As pessoas gritavam e corriam de um lado para o outro tentando fugir e se esconder no mato. As pessoas se jogavam de um barranco que tem no acampamento. Um rapaz que foi atingido por um tiro de borracha se jogou no barranco e quebrou a perna. Ele não conseguiu fugir junto com os outros então tiveram que esconder ele embaixo de galhos de árvore para que ele não fosse morto.

Outro rapaz se escondeu em cima de uma árvore e foi ele que me ligou para me contar o que tinha acontecido. Ele contou logo em seguida. Ele ligou chorando muito. Ele contou que chutaram o corpo de Nísio para ver se ele estava morto e ainda deram mais um tiro para garantir que a liderança estava morta. Ergueram o corpo dele e jogaram na caçamba da caminhonete levando o corpo dele embora.

Nós estamos aqui reunidos para pedir união e justiça neste momento.
Afinal, o que é o índio para a sociedade brasileira?
Vemos hoje os direitos humanos, a defesa do meio ambiente, dos animais. Mas e as populações indígenas, como vem sendo tratadas?
As pessoas que fizeram isso conhecem as leis, sabem de direitos, sabem como deve ser feita a demarcação da terra indígena, sabem que isso é feito na justiça. Então porque eles fazem isso? Eles estão acima da lei?

O estado do Mato Grosso do Sul é um dos últimos estados do Brasil mas é o primeiro em violência contra os povos indígenas. É o estado que mais mata a população indígena. Parece que o nazismo está presente aqui. Parece que o Mato Grosso do Sul se tornou um campo de fuzilamento dos povos indígenas. Prova disso é a execução do Nísio. Quando não matam assim matam por atropelamento. Nós podemos dizer que o estado, os políticos e a sociedade são cúmplices dessa violência quando eles não falam nada, quando não fazem nada para isso mudar. Os índios se tornaram os novos judeus.

E onde estão nossos direitos, os direitos humanos, a própria constituição? E nós estamos aí sujeito a essa violência. Os índios vivem com medo, medo de morrer. Mas isso não aquieta a luta pela demarcação das terras indígenas. Porque Ñandejara está do lado do bom e com certeza quem faz a justiça final é ele. Se a justiça da terra não funcionar a justiça de deus vai funcionar.

ESTUDANTES GUARANI E KAIOWÁ DOS CURSOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HISTÓRIA E MORADORES DA ALDEIA DE AMAMBAÍ.


O FÓRUM DE DIREITOS HUMANOS E DA TERRA DE MATO GROSSO (FDHT) lançou um manifesto apoiando a carta escrita pelos estudantes Guarani Kaiowá, e junto com os signatários abaixo conclamamos pela justiça social e total proteção aos povos indígenas.

Esquema de grilagem na Bahia

 Marcos Valério é preso por fraudes em registros de terras em São Desidério e Barreiras na Bahia
Marcos Valério Fernandes de Souza, o lobista acusado de operar o mensalão, foi preso ontem em Minas Gerais juntamente com três ex-sócios de suas agências de publicidade e outras 11 pessoas suspeitos de envolvimento num esquema que falsificava matrículas de imóveis em São Desidério, na Bahia, para fraudar processos de execução de dívidas com instituições financeiras e empresas. Pivô do maior escândalo da história do PT e do governo Lula, Valério é um dos 38 réus do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele usou fazendas fantasmas também como garantia de empréstimo no Banco Rural que depois foi distribuído para petistas e aliados.
A Operação "Terra do Nunca", deflagrada pelo Ministério Público da Bahia e a Polícia Civil, cumpriu 15 de 23 mandados de prisão preventiva em Minas, São Paulo e Bahia, decretados pelo juiz de São Desidério. Segundo os promotores de Justiça George Elias Gonçalves Pereira (Barreiras) e Carlos André Milton Pereira (São Desidério), Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório de Registro Gerais de Imóveis na falsificação de documentos públicos.

Investigação
durou 17 meses

O delegado de São Desidério, Carlos Cruz Ferro, disse que a Procuradoria da Fazenda Nacional de Minas pediu a investigação há 17 meses. Em 2010, Valério deu em garantia à Receita Federal, à qual devia R$158 mil em impostos, documentos referentes a cinco fazendas, que somam 17.100 hectares no papel - na verdade, porém, não passavam de um lote de 360 metros quadrados em Barreiras. Mas a grilagem envolvendo Valério já é investigada desde 2005, no rastro da descoberta do mensalão.
Entre as propriedades envolvidas estão fazendas apresentas por Valério e seus sócios à Justiça para saldar uma dívida de R$38,4 milhões com o Banco Rural. A descoberta das fraudes é um banho de água fria na estratégia de defesa do lobista, que tenta desmontar a acusação do esquema mensalão, prestes a ser julgado pelo STF. Em ação de execução de título extrajudicial que tramita na 34ª Vara Cível de Lafayette, em Minas, Valério e os seus ex-sócios apresentaram 13 fazendas em nome da SMP&B e da DNA Propaganda em São Desidério para penhora pela Justiça e pagamento de dívida das agências com o Rural. Nos autos, o banco estava em vias de aceitar os imóveis.
Para a Procuradoria Geral da República, os empréstimos nunca existiram de fato e teriam sido simulados para justificar desvio de dinheiro público - por meio de contratos de publicidade - para campanhas políticas da base aliada do PT. A defesa dos réus do mensalão argumentou que os empréstimos contraídos pelas agências eram legítimos. Prova disso seria o fato de serem objeto de ação de cobrança na Justiça, com direito a penhora de bens dos acusados.
Na ação de execução, foram apresentadas oito propriedades que estariam registradas em nome de sócios da agência DNA: as fazendas Bom Jesus I e II, Alvorada I e II, Vereda, Barra I, II e III. Pela SMP&B, foram apresentadas as fazendas Cristal I, II, III, IV e V. Pelo menos oito delas são investigadas e motivaram a operação de ontem.
A Polícia Civil e o Ministério Público da Bahia ainda não sabem dizer se Valério e outros antigos sócios das agências participaram do desenvolvimento do esquema de falsificação de matrículas em cartórios ou se foram apenas beneficiários.
- O pedido de prisão foi fundamentado em informações que levam para os dois lados, tanto se beneficiando como provavelmente usando meios para criar essas fraudes - disse o promotor Carlos André Milton Pereira.
Oficialmente, o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, diz não temer que as investigações na Bahia contaminem os argumentos da defesa no processo do mensalão:
- Não haverá qualquer reflexo, porque o que se deduz é que a empresa DNA foi vítima de alguém que vendeu terras que não existiam.
Em 2005, Valério já havia apresentado fazendas da Bahia para tentar saldar uma dívida de R$2 milhões com a empresa Scam Propaganda S.A. de Brasília. Só que, neste caso, os advogados da empresa credora encomendaram laudo técnico que mostrou que as fazendas não existiam.
Mesma conclusão tiveram oficiais de Justiça que visitaram as terras a pedido da Justiça mineira e constataram que elas não estavam em nome das empresas de Valério. Os devedores alegaram que houve um erro, e conseguiram que a penhora fosse aceita por ofício. Nos autos, o Banco Rural ignora o ato suspeito. Apenas aguardava uma avaliação financeira dos terrenos para selar o fim da dívida.
Ex-dirigentes do Rural dividem com Valério o banco dos réus no processo do mensalão no STF e em processos que se desdobraram do principal para investigar crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. Nos processos que correm na Justiça Federal, o MPF argumenta que os empréstimos foram concedidos sem a observância dos preceitos do Banco Central e de garantia de pagamento.


Outra reportagem:
A Operação Terra do Nunca, da Polícia Civil da Bahia, prendeu nesta sexta-feira (2) 15 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de grilagem de terras no oeste do estado. As prisões ocorreram na Bahia, em São Paulo e em Minas Gerais, onde foram detidos empresários, latifundiários, advogados e servidores da Justiça. Entre os presos está o publicitário Marcos Valério de Souza, acusado de atuar como o operador do esquema de pagamento de propinas no Congresso Nacional revelado em 2005, o mensalão. Ele foi preso em Belo Horizonte e transferido para a Bahia.
O advogado do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, Marcelo Leonardo, vai entrar com um pedido de soltura na segunda-feira (5), no Tribunal de Justiça da Bahia.
Outro réu do processo do mensalão que também foi preso hoje é o publicitário Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério na Agência SMP&B. Também foram presos os ex-sócios da DNA Francisco Marcos Castilho Santos e Margaretti Maria de Queiroz Freitas. Além das prisões, a Operação Terra do Nunca cumpriu ainda 23 mandados de busca e apreensão.
O esquema funcionava com o registro falso de terras na cidade de São Desidério, que fica a quase 900 quilômetros de Salvador. Os títulos eram usados como garantia para pagamento de dívidas contraídas em instituições financeiras.
As investigações duraram 17 meses e tiveram a participação da Polícia Civil da Bahia, de Minas e de São Paulo, além do Ministério Público de Minas e São Paulo.
Para Marcelo Leonardo, a prisão do cliente dele é ilegal. "Desde a reforma do Código de Processo Civil, em julho deste ano, a prisão deve ser a última opção tomada pelo juiz", alega o advogado.Ele estranhou que Marcos Valério não tenha sido procurado em nenhum momento para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de grilagem de terras. "Em todas as vias que ele foi procurado nos últimos seis anos, [Valério] prestou todos os esclarecimentos e, hoje ainda, foi encontrado em casa. Não havia necessidade da prisão preventiva."
O advogado também disse que o cliente nunca foi ao oeste da Bahia, onde está a cidade de São Desidério, foco do esquema investigado de grilagem de terras. "Se alguém vendeu títulos irregulares, a empresa dele é vítima. É um problema que ele não tinha condições de saber."
Marcelo Leonardo afirmou que nem as autoridades têm o mesmo entendimento sobre o caso. "O Ministério Público deu parecer contrário à prisão de Francisco [Marcos Castilho Santos] e Margaretti [Maria de Queiroz Freitas, ex-sócios de Valério na Agência DNA]. Isso demonstra que não há consenso nem na comarca [baiana]."

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

III Seminário de História Indígena - Caboclo Marcelino: História, Cultura e Luta dos Povos Indígenas do Sul da Bahia


O III Seminário de História Indígena - Caboclo Marcelino: História, Cultura e Luta dos Povos Indígenas do Sul da Bahia tem sua história relacionada ao desejo dos discentes e docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC em tornar a temática indígena como um dos temas fundamentais desta instituição. Foi durante as aulas da disciplina de História Indígena, administrada pela Profa. Teresinha Marcis, em 2008, que surgiu o I Seminário de História Indígena, marcado desde então pela expressiva participação dos estudantes de História em sua organização. Algo que se repetiu em 2009, contando com a participação na organização do Prof. Carlos José F. Santos e que agora (2011) volta acontecer. 

O evento vem ganhando expressão e importância pela significativa presença dos estudantes em sua organização; por seu caráter interdisciplinar (este ano participam: historiadores, educadores, antropólogos, sociólogos, psicanalistas, profissionais da área jurídica); e pela presença da população indígena, entre os discentes e docentes da UESC. Mas, acima de tudo, o Seminário importa por vivermos numa região (Sul da Bahia) formada por povos indígenas que ainda encontram-se na luta pela demarcação de suas terras ancestrais - Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãe.

Por isto que a organização do Seminário Caboclo Marcelino ocorreu através de reuniões abertas, com a possibilidade de participação em sua organização de pessoas da comunidade universitária e indígena. Da mesma forma, a intenção é sempre contar com a presença dos povos indígenas na organização do evento e em todos os seus momentos como participantes em suas mesas, oficinas, seminários, mostras de filmes e expressões culturais/rituais, a exemplo do Porancy.

Ou seja, este Seminário, que carrega em seu nome a importante figura do guerreiro indígena Caboclo Marcelino, apesar de ser realizado este ano somente dentro da UESC, tem como um de seus propósitos ser um evento que não fique restrito ao mundo acadêmico. O objetivo é que ele seja resultado da ação da comunidade local/regional, especialmente, a indígena. Por isto a ideia é que o Seminário ocorra sempre no mês de setembro, próximo ao último domingo, quando acontece a “Caminhada Tupinambá em Memória aos Mártires do Massacre do Rio Cururupe e à Luta de Caboclo Marcelino”. Este ano isto não ocorreu em decorrência da greve dos professores, estudantes e funcionários da UESC.

Deste modo, queremos que este evento não ocorra apenas por uma necessidade acadêmica ou resultante da obrigatoriedade estabelecida pela Lei 11.645, de 10 março de 2008, que: “estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Para os próximos anos a intenção é realizá-lo também fora do espaço físico da universidade, contando cada vez mais com a participação da população indígena em sua organização e realização.

Ao mesmo tempo, vale salientar que a proposta do Seminário é ampliar, aprofundar e contribuir com a discussão sobre a história, memória, cultura e lutas (passadas e atuais) dos povos indígenas do Sul da Bahia, mas também de outros lugares, no Brasil e na América Latina. Desejamos contribuir com a luta contra a criminalização, atentados e racismo que vivencia a população indígena brasileira e latino-americana na luta por suas terras ancestrais e reconhecimento étnico:

A força dos povos indígenas brasileiros, assim como da América, vem da natureza de “la Madre Tierra" - Pachamama". A luta pelas terras tradicionais não é para a obtenção de propriedades. É a luta pelo sagrado, pela natureza e por aqueles que mais a preservam: os índios. Quando um índio está na natureza ele não está só. Com ele estão: o sagrado, seus ancestrais, os parentes mortos e vivos. Como escreveu Aguirre Rojas sobre a luta indígena em Chiapas no México: "los dignos indígenas rebeldes de Chiapas hablan de la tierra la que para ellos, igual que para los indígenas ecuatorianos o bolivianos, y también para los índios brasileños (ou argentinos), no connota a un simple bien comercial y transferible, ni a un pedazo geográfico del terreno degradado a la condición de mercancía, sino más bien a la verdadera “Madre Tierra”, a la “Pachamama”, concebida como fuente general e imprescindible de la vida..." (SANTOS, Carlos José F. ”A Solidão na Metrópole: a cidade Pós-Moderna”. In: Ia. Jornada Internacional “Mal-Estar en la Cultura: la Soledad. São Paulo/General Del Pico: Proyecto Etcétera y Tal... psicoanálisis y sociedad - Digitado, 2011)

Desta forma, fazemos nossas as palavras que estão no sítio Índios Online:

O Estado Brasileiro tem uma dívida histórica com os Povos Indígenas, é preciso mais que urgente que todos os cidadãos brasileiros somem forças para cobrar que esta dívida seja definitivamente paga com a demarcação dos Territórios Tradicionais. É por causa dessa inércia do Estado que somos obrigados a fazer por nossa conta e risco a auto-demarcação de nossos Territórios Tradicionais. Nós Indígenas não somos invasores de terras. Quando o Brasil foi invadido pelos portugueses, aqui já existiam os hoje chamados indígenas. Nossos ancestrais já habitavam este território chamado Brasil (http://www.indiosonline.org.br/novo/cacique-maria-valdelice-presa-injustamente/comment-page-1/#comment-15881).

Bom Seminário para todas e todos!

Oração do sol 
Oh grande espírito, cuja voz ouço nos ventos e cujo alento dá vida a todo o mundo.
Ouve-me!
Sou pequeno e fraco, sou pequeno e fraco, necessito de tua força e sobedoria.
Deixa-me andar em beleza e faz com que meus olhos possam sempre contemplar o vermelho e a púrpura do pôr-do-sol.
Faz com que minhas mãos respeitem tudo o que fizeste e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir tua voz.
Faz-me sábia e sábio para que eu possa compreender as coisa que ensinaste ao meu povo.
Deixa-me aprender as lições que escondestes em cada folha, em cada rocha.
Busco força, não para ser maior que meu irmão e irmã, mas, para lutar contra meu maior inimigo - eu mesmo .
Faz-me sempre pronta e pronto para chegar a ti com as mãos limpas e com o olhos firme a fim de que, quando a vida apooar, como se apooa o poente, o meu espírito possa estar contigo sem se envergonhar.

Awere!!!

Programação entre no link: http://seminariocaboclomarcelino.blogspot.com/p/programacao.html

Realização:

Apoio: 

 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DECRETO REDUZ ÁREA DO PORTO SUL

O Governo da Bahia publica neste sábado, 26, no Diário Oficial, o decreto que reduz a área da poligonal do Porto Sul, na região de Aritaguá, em Ilhéus. Com a redução, de 54%, o tamanho da área destinada ao empreendimento muda de 4.833 para 2.268 hectares, atenuando significativamente os impactos ambientais, que já haviam diminuído com a transferência do projeto da Ponta da Tulha para Aritaguá.

Com essa decisão, o governo baiano retira da poligonal as comunidades de Valão, Lavapés e Itariri. O mesmo decreto diminui de 1.860 para 1.703,91 hectares uma área que será transformada em unidade de conservação na região da Ponta da Tulha. Ficarão fora da reserva os loteamentosVerdes Mares, Barramares e Paraíso do Atlântico, que antes seriam objeto de desapropriação.

Durante a audiência pública que apresentou o Estudo de Impactos Ambientais do Porto Sul, no dia 29 de outubro, em Ilhéus, o governo protocolou junto ao Ibama um documento no qual se comprometia a reduzir a área a ser ocupada pelo projeto. O decreto de amanhã representará o cumprimento desse compromisso.

Fonte: http://www.pimenta.blog.br/tag/porto-sul/

10, 11 de dezembro de 2011

Local: Instituto de Teologia de Ilhéus – ITI 

Km 0, Rodovia Ilhéus x Itabuna (Próximo a ponte do Fundão)

O Fórum de Luta por Terra, Trabalho e Cidadania da Região Cacaueira encabeçados pelo CIMI, CPT, CEBs, OCA, CÁRITAS DE ILHÉUS e com a contribuição dos companheiros (as) da FASE, Caritas regional, AATR, EACMA convocam os companheiros (as) da Região sul, extremo sul e sudoeste da Bahia a construirmos as bases para a concretização do Tribunal Popular do Judiciário da Bahia. Com a realização da OFICINA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO DO TPJ.

O Poder Judiciário da Bahia vive um contexto de imensa descrença da população na instituição. Esta tem se mostrado como uma das estruturas mais conservadoras, marcada por uma cultura positivista e elitista, ignorando por completo a dinâmica social e aplicando o Direito ao belo sabor de suas influências formais e legalistas,normalmente assegurando o direito de propriedade; garantindo a permanência de prefeitos corruptos; criminalizando as ações dos movimentos sociais e suas lideranças, ao tempo que se omite dos julgamentos de atos que desrespeitam os direitos fundamentais garantidos na Constituição.

Diante deste quadro a realização da OFICINA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO DO TPJ, terá como objetivos: Socializar informações sobre o processo de construção do TPJ, com entidades e movimentos dos diversos municípios situados no sul, extremo sul e sudoeste da Bahia. É o momento para multiplicar as informações e reflexões recebidas e feitas nos eventos de formação. Durante essas visitas, os multiplicadores vão aprofundar o debate sobre as origens e modo de funcionamento do Poder Judiciário no Brasil e na Bahia. Outro objetivo da Oficina será o de buscar descobrir, e investigar, casos de desrespeito aos direitos humanos, e/ou de abusos, feitos ou apoiados pelo Poder (Sistema) Judiciário. Tal investigação consiste em estimular as pessoas e entidades dos municípios que estarão sendo visitados, para que apontem os casos. A equipe do TPJ vai ouvir os casos, reunir testemunhas, coletar dados, fotos, documentos, realizar entrevistas, a fim de selecionar os casos mais graves e emblemáticos para serem popularizados e debatidos na realização dos tribunais regionais previstos para 2012.

A OFICINA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO DO TPJ será realizada nos dias 10 e 11 de dezembro de 2011, no Instituto de Teologia de Ilhéus, ITI, localizado na Rodovia Ilhéus x Itabuna, Km 0 (Bem na entrada de Ilhéus, antes da Ponte do Fundão, na entrada do Bairro Teotônio Vilela).

Pedimos a confirmação da sua participação até o dia 28/11, para que possamos organizar a infra estrutura necessária para a realização do evento. Para aqueles que vêm de fora e tem parentes ou amig@s em Ilhéus, pedimos a compreensão para ver possibilidades de hospedagem com estes, para aqueles que têm barracas de camping pedimos também o apoio. A alimentação, Assessoria, Material Didáticos e algumas hospedagem já estão acertadas. O ITI tem um espaço bem legal, para aqueles que puderem trazer colchonetes ou redes também ajuda. Enfim, a Oficina também será uma construção coletiva de tod@s.

“Juntos construiremos um Judiciário mais transparente, acessível, contemporâneo, aberto e justo”. Aguardamos VOCÊ!.

Telefones e e-mail para contatos e confirmações:

Cimi/CPT: (73) 3212-1171 – cimiita@veloxmail.com.br cptsulsudoeste@cptba.org.br Haroldo,Jenário, Valderly
Cáritas Ilhéus: (73)3086-2153 caritasilheus@yahoo.com.br D’Ajuda

Cáritas Diocesana de Ilhéus
R. Rodolfo Vieira, 36, 1º andar,
CEP 45.653-290, Centro, Ilhéus/BA
(73) 3086-2153 e 9961-4527 (Diretora)

Ética na Ciência: Agroecologia como paradigma para o desenvolvimento rural é o tema do VII Congresso Brasileiro de Agroecologia que acontecerá de 12 a 16 - dezembro no Centro de Convenções de Fortaleza/CE


APRESENTAÇÃO

Partindo do pressuposto de que há um conjunto de crises que afetam o atual modelo de desenvolvimento, a Agroecologia se propõem como alternativa e está se afirmando cada vez mais como estratégia para o desenvolvimento rural com sustentabilidade multidimensional. Com base em diversas áreas do conhecimento a Agroecologia estuda os processos de desenvolvimento a partir de um enfoque sistêmico, adotando o agroecossistema como unidade de análise, valorizando os sistemas e as lógicas camponesas, e apoiando a transição de modelos agroquímicos e de desenvolvimento rural convencional para estilos de agriculturas e de desenvolvimento rural mais sustentáveis.

Com base nesse entendimento as discussões sobre esse tema têm sido aprofundadas em espaços acadêmicos e no diálogo com as distintas realidades, em que os movimentos sociais e ONGs em rede atuam, buscando uma aproximação entre a teoria e a prática da agricultura familiar agroecológica. Com esse intuito o Congresso Brasileiro de Agroecologia, agora na sua sétima edição, oportunizará a reunião de profissionais, estudantes e agricultores/as de todo o país e do exterior para intercambiar os conhecimentos, as experiências e promover deliberações e orientações para a ação e a construção do conhecimento sob o enfoque agroecológico. Como resultado espera-se um avanço na concepção científica e metodológica da Agroecologia, construída a partir de reflexões coletivas.

A sétima edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia (VII CBA) será realizada na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, numa parceria entre a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Governo do Estado do Ceará, através da Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA), o Instituto Agropólos, a Universidade Federal do Ceará, através do Centro de Ciências Agrárias, Centro de Ciências, Centro das Humanidades e Centro de Saúde, a Universidade Estadual do Estado do Ceará (UECE), a Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (EMATER – CE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – com suas Unidades no Nordeste – Agroindústria Tropical, Tabuleiros Costeiros, Semiárido, Algodão e Ovino Caprinos – a Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais no Estado do Ceará (FETRAECE), a Fundação Konrad Adenauer, o Núcleo de Trabalho Permanente em Agroecologia da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido, a Rede Cearense de ATER, a Associação da Rede Cearense de Agroecologia – ARCA, o Núcleo Tramas, o Instituto de Permacultura e Ecovilas, o Núcleo de Estudos e Pesquisas Permaculturais no Semiárido/NEPPSA/UECE, a Sociedad Española de Agricultura Ecológica – SEAE, entre outras entidades.

Tanto o Estado do Ceará como a região Nordeste tem a oferecer numerosas experiências agroecológicas nas comunidades rurais e em assentamentos, como também um grande número de pesquisas e projetos de extensão em instituições governamentais e não governamentais.

Por sua vez, o Congresso trará para o Estado do Ceará a oportunidade de uma articulação maior entre os estados, do Nordeste e do Brasil, consolidando as redes agroecológicas locais e regionais, dando visibilidade aos projetos exitosos, boas práticas em andamento que poderão ser socializados entre as diversas delegações presentes e divulgados para outros estados e regiões do país impulsionando trabalhos acadêmico-empíricos nas Universidades e Instituições de Pesquisa e Extensão; assim como sistematização de experiências na visão dos/as próprios/as agricultores/as experimentadores/as multiplicadores/as.

Exposições e feira de produtos agroecológicos e solidários, mine cursos e visitas técnicas, oficinas, palestras, apresentações de trabalhos e apresentações culturais farão parte das atividades do CBA.

Confira mais no site oficial do evento: http://www.cbagroecologia.org


Belo Monte: contrainformação à propaganda enganosa da Norte Energia

O Consórcio Norte Energia criou uma série de propagandas enganosas sobre os impactos de Belo Monte na população do Xingu, veiculadas em aeroportos brasileiros. Veja o que realmente irá acontecer.

Preços baixos e o mercado fraco do cacau têm como causa a ultima safra mundial que terminou em setembro


THOMAS HARTMANN ACONSELHA CAUTELA E PRUDÊNCIA



Em entrevista ao site Notícias Agrícola, do dia 25 o analista de mercado e produtor de cacau do sul da Bahia, Thomas Hartmann faz uma analise da situação atual do mercado do cacau e de que maneira a crise econômica européia esta atingindo a cotação da amêndoa.
Fonte: http://www.radarnoticia.com.br/noticias/noticias/agropecuaria/2582-thomas-hartmann.html