quarta-feira, 16 de abril de 2014

Artistas argentinos denunciam crimes das corporações que exploram mineração a céu aberto

A luta contra projetos de mineração a céu aberto ganhou força na Argentina. Diversos artistas do país se uniram a uma campanha dos movimentos sociais da cidade e do campo para lutar contra as corporações que destroem o meio ambiente e contaminam dezenas de milhares de pessoas, levando muitas vezes à deformação física e à morte.

Em um dos vídeos, os artistas explicam didaticamente os efeitos da extração na população e no meio ambiente. O objetivo da campanha é acabar com a prática por meio de lei própria sobre a mineração no país.

A mineração a céu aberto é um método de extração de rochas ou minerais da terra bastante danoso ao ambiente (veja no vídeo). O termo serve para diferenciar esta forma de mineração dos métodos extrativos que requerem perfuração de túneis na terra -- a mineração subterrânea.

A mineração a céu aberto é usada quando depósitos de minerais ou rochas comercialmente úteis são encontrados perto da superfície, em que a espessura do terreno de cobertura é relativamente pequena ou o material de interesse é estruturalmente impróprio para a abertura de túneis. Do contrário, o recurso é extraído usando métodos de mineração subterrânea.

As minas a céu aberto são geralmente chamadas de 'pedreiras', que são expandidas até que o recurso mineral seja esgotado ou até que a razão crescente entre o volume de terreno de cobertura e o volume de minério torne a continuação da extração pouco rentável.

O movimento contra os abusos das corporações que exploram a mineração se estende por toda a América Latina, incluindo países como Chile, Peru, Bolívia, Brasil e Uruguai. Uma das multinacionais que exploram o setor, inclusive fazendo uso da mineração a céu aberto, é a brasileira Vale.

Uma das empreitadas que mais causou protestos na Argentina foi o de Pascua Lama, o primeiro projeto de mineração binacional do mundo (Chile-Argentina), que consistia em abrir uma mina de ouro nos glaciares dos dois países. O serviço seria executado pela empresa Barrick Gold.

Também neste caso, o método de extração emprega produtos químicos e a possibilidade de contaminação das águas potáveis dos glaciares, tanto do Chile como da Argentina, e gerou protestos nos dois países.

Saiba tudo sobre a campanha na Argentina em http://www.decibastaya.org/

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