quarta-feira, 23 de abril de 2014

Agricultores baianos rumo ao III ENA

Pautar a Agroecologia como modelo de desenvolvimento sustentável. Esse é o objetivo da I Caravana Agroecológica e Cultural da Bahia, que teve inicio nesta terça-feira (25/03), no Centro Cultural de Conceição do Coité, com cerca de 200 participantes. 

A abertura foi feita pela Orquestra Santo Antonio, composta por adolescentes e jovens de comunidades do município de Coité, seguida por uma mesa com representantes da Articulação de Agroecologia da Bahia (AABA), organizadora da Caravana, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Bahia), da FETRAF, da UNICAFES e do poder público municipal. O evento contou ainda com a presença de alunos do curso técnico em Agroecologia de Conceição do Coité. 

Para Carlos Eduardo Leite, representante da ANA e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, essa deverá ser a primeira de muitas outras caravanas no Estado. “Queremos rodar o Estado. Queremos rodar no cerrado, por exemplo, onde o agronegócio reina, para mostrar nossa disputa política contra os grandes projetos como as mineradoras, a monocultura do eucalipto etc.”, afirma. Caê, como é conhecido, acrescenta que esse é um ano para comemorar. “Temos de comemorar o ano da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena. Indígena porque traz a origem da Agroecologia, da relação harmônica do homem com a natureza”, conclui. 

Na quarta-feira (26/03), as delegações partem para conhecer experiências baseadas em princípios e práticas agroecológicas nos Territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Piemonte da Diamantina. Serão visitados grupos que atuam no campo da organização produtiva de mulheres, comercialização e economia solidária, fundos rotativos e convivência com o semiárido. A Caravana Agroecológica e Cultural acontece até próxima quinta-feira (27/03). 

A AABA é uma articulação de organizações, redes e movimentos que atuam na construção e fortalecimento do campo agroecológico, priorizando o diálogo e o intercâmbio de experiências entre atores que estão elaborando e experimentando alternativas da produção à comercialização. A FASE Bahia é parte da AABA.

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