segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quebradeiras de coco lutam pela aprovação da Lei Babaçu Livre

Em diferentes estados do norte e do nordeste do país, quebradeiras de coco reivindicam o livre acesso e uso comunitário dos babaçus, estejam as palmeiras em propriedades públicas ou privadas.


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  (foto: overmundo)

As mulheres, organizadas no Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (Miqcb) , lutam pela Lei Babaçu Livre, que estabelece restrições às queimadas, à derrubada de árvores e ao uso de agrotóxicos nas espécies nativas.

A palmeira do babaçu é originária do Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará. A coleta do coco nesses estados, onde existem mais de 4 milhões de famílias de trabalhadores rurais sem terra, garante a subsistência de milhares de pessoas.

Somente o movimento de quebradeiras reúne 350 mil agricultoras. Cledeneuza Bezerra Oliveira, quebradeira do sul do Pará, acredita que a organização das mulheres é importante para o fortalecimento do grupo e para o reconhecimento do trabalho, ainda pouco valorizado.

Segundo dados da ONG Actionaid, em média, uma quebradeira ganha cerca de um real e 50 centavos por dia, o que a coloca abaixo da linha de pobreza. O impedimento da atividade de coleta e de quebra do coco nas áreas cercadas por pecuaristas também dificulta o trabalho.

Contudo, as quebradeiras têm se organizado para defender as florestas do babaçu. Além de fonte de renda, o coco é símbolo de luta e resistência para elas, que desenvolvem um trabalho que segue os princípios da agroecologia. Ou seja, o manejo da terra é feito de forma a não agredir a natureza.

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