Em
diferentes estados do norte e do nordeste do país, quebradeiras de coco
reivindicam o livre acesso e uso comunitário dos babaçus, estejam as
palmeiras em propriedades públicas ou privadas.
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As mulheres, organizadas no Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (Miqcb)
, lutam pela Lei Babaçu Livre, que estabelece restrições às queimadas, à
derrubada de árvores e ao uso de agrotóxicos nas espécies nativas.
A
palmeira do babaçu é originária do Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará. A
coleta do coco nesses estados, onde existem mais de 4 milhões de
famílias de trabalhadores rurais sem terra, garante a subsistência de
milhares de pessoas.
Somente o movimento de
quebradeiras reúne 350 mil agricultoras. Cledeneuza Bezerra Oliveira,
quebradeira do sul do Pará, acredita que a organização das mulheres é
importante para o fortalecimento do grupo e para o reconhecimento do
trabalho, ainda pouco valorizado.
Segundo dados da
ONG Actionaid, em média, uma quebradeira ganha cerca de um real e 50
centavos por dia, o que a coloca abaixo da linha de pobreza. O
impedimento da atividade de coleta e de quebra do coco nas áreas
cercadas por pecuaristas também dificulta o trabalho.
Contudo,
as quebradeiras têm se organizado para defender as florestas do babaçu.
Além de fonte de renda, o coco é símbolo de luta e resistência para
elas, que desenvolvem um trabalho que segue os princípios da agroecologia. Ou seja, o manejo da terra é feito de forma a não agredir a natureza.
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
Quebradeiras de coco lutam pela aprovação da Lei Babaçu Livre
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