segunda-feira, 14 de julho de 2014

Lideranças do povo Tupinambá visitam cooperativas agroecológicas na Bolívia e Argentina

Três lideranças do povo Tupinambá de Olivença, do sul da Bahia, percorreram cooperativas agroecológicas na Argentina e na Bolívia, entre os dias 26 de maio a 15 de junho, para conhecer formas de organização no que tange o aproveitamento do cacau para atividades econômicas coletivas. Na região de Alto Beni, os indígenas conheceram uma das principais produções do fruto na Bolívia e participaram do Cumbre del grupo de lós 77 (G77), com cerca de 100 delegados e chefes de Estado.
Estiveram presentes na comitiva o cacique Ramon Ytajibá, Nadia Akauã e o professor José Carlos Tupinambá, juntamente com um representante do assentamento Terra Vista, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e representantes da Casa da Economia Solidária de Uruçuca, todos do sul da Bahia, que juntos compõem a Teia Agroecológica.

Na viagem, as lideranças puderam conhecer a experiência da Central de Cooperativas “El Ceibo”, fundada há 37 anos na Bolívia. Esta central de cooperativas é hoje uma organização cooperativa de sistemas agroflorestais orgânicos de prestígio, com reconhecimento nacional e internacional, que atua em todas as áreas de produção de cacau do Estado Plurinacional da Bolívia.

Os tupinambá puderam ver detalhes da organização da central de cooperativas. A cada quatro anos, o Conselho de Administração da El Ceibo é eleito por representantes das cooperativas integradas à central. Além de supervisionar todas as atividades da El Ceibo, o conselho é responsável pela condução da Assembleia Geral.(CIMI).
 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

As mulheres invisíveis por trás do chocolate


Um ano de Por trás das Marcas


3 mitos que você sempre ouviu sobre a agroecologia - mas ninguém teve coragem de negar.


CARTA POLÍTICA DO III ENA (Encontro Nacional de Agroecologia) realizado em maio de 2014 em Juazeiro / BA



“Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde e Cultivar o Futuro”. Com este lema, o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) reuniu-se entre os dias 16 e 19 de maio de 2014 na cidade de Juazeiro-BA. Com o público de mais de 2.100 pessoas vindas de todos os estados brasileiros, fizeram-se representar trabalhadores e trabalhadoras do campo, portadores de diferentes identidades socioculturais (agricultores familiares, camponeses, extrativistas, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos, faxinalenses, agricultores urbanos, geraizeiros, sertanejos, vazanteiros, quebradeiras de côco, catingueiros, criadores de fundos em pasto, seringueiros) , técnicos, pesquisadores, professores, extensionistas e estudantes, além de gestores convidados. Com a presença majoritária de trabalhadores e trabalhadoras rurais, nosso encontro alcançou participação paritária entre homens e mulheres, contando também com expressiva participação das juventudes.

A fase preparatória com as 14 Caravanas Agroecológicas e Culturais e o III ENA produziram claras evidências da abrangência nacional que assume hoje a agroecologia em todos os biomas brasileiros como referência para a construção de caminhos alternativos aos padrões atualmente dominantes de desenvolvimento rural impostos pelo agronegócio. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras do campo incorporam a proposta agroecológica como caminho para a revalorização do diversificado patrimônio de saberes e práticas de gestão social dos bens comuns e de reafirmação do papel da produção de base familiar como provedora de alimentos para a sociedade.
A Carta Política foi aprovada e aclamada pela plenária | Foto: Fábio Caffé

No III ENA pudemos constatar que a incorporação do enfoque agroecológico é também expressão da resistência da produção camponesa e familiar às crescentes pressões sobre ela exercidas pela ocupação de seus territórios pelo agronegócio e pelos grandes projetos de infraestrutura e de exploração mineral. Na análise que realizamos sobre os conflitos territoriais que se intensificaram nos últimos 15 anos, com o favorecimento das políticas públicas à expansão do grande capital no campo, constatamos que ao resistir em seus lugares de vida e produção, a agricultura familiar camponesa e os povos tradicionais produzem respostas consistentes e diversificadas para críticas questões que desafiam o futuro de toda a sociedade.
Reforma agrária e reconhecimento dos territórios dos povos e comunidades tradicionais, a afirmação da nossa sociobiodiversidade, conflitos e injustiças ambientais, agrotóxicos e seus impactos na saúde, acesso e gestão das águas, articulação ensino, pesquisa e ater, educação no campo, sementes da diversidade, abastecimento e construção social de mercados, normas sanitárias, financiamento e agroecologia, plantas medicinais, agricultura urbana, e comunicação, foram alguns dos temas abordados.

É com base nos ensinamentos extraídos nos debates realizados durante o Encontro que foi elaborada a Carta Política com proposições relacionadas aos temas que mobilizaram o esforço coletivo de reflexão feito no III ENA.

Veja aqui a Carta Política do III ENA

Teia Agroecologica Povos da Cabruca e da Mata Atântica anuncia seu Encontro de Vivências Agroecológicas. "Diga ao povo que não vamos parar de avançar!

A Teia de Agroecologia dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica existe desde a 1ª Jornada de Agroecologia da Bahia em 2013. De lá pra cá, um conjunto de práticas e de mobilização social e política vem acontecendo. Estamos tratando de um Movimento agroecológico inserido nos movimentos e comunidades, promotor de mudanças para uma nova sociedade a partir da emancipação, autonomia e dignidade do ser humano, da mãe terra e das suas sementes.

Esse movimento tem ousado uma agroecologia com integração dos povos a partir de princípios como o da diversidade, espiritualidade, rebeldia e defesa dos territórios. No Encontro de Vivências Agroecológicas no Assentamento Terra Vista, avançaremos nos aprendizados práticos e político organizativos da Teia. Serão 14 dias intensos de estudos, trocas e práticas, como uma "vivência - escola popular", na perspectiva de aprendizagem para avançar firme em direção a III Jornada de Agroecologia da Bahia, em direção aos sonhos que só se multiplicam... em direção à liberdade!

Para esse encontro, é obrigatório confirmar inscrição pelo email jornadadeagroecologiadabahia@gmail.com e levar:

- Barraca
- Kit sobrevivência: copo, prato, talheres
- Alimentos
- Sementes crioulas

Fonte: http://jornadadeagroecologiadabahia.blogspot.com.br/

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vídeo: Que limão é esse? um vídeo sobre o limão



Vídeo gravado por Neide Rigo durante encontro de lideranças do Slow Food.no Brasil
Pirinópolis - GO
julho de 2009.
Edição de Imagens: Inês Correa