segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pat Ecosmar registra o primeiro encalhe de 2012

Avisado por moradores da região, o PAT Ecosmar registrou o primeiro encalhe de cetáceos de 2012: trata-se de um juvenil de cachalote, que foi encontrado morto numa praia isolada ao norte de Santa Cruz Cabrália.
Uma corda estava amarrada na nadadeira e faltavam a parte posterior do corpo do animal e a cauda informou Paolo Botticelli, coordenador do PAT Ecosmar, ong que desde 1996,(com autorização do Projeto TAMAR e do IBAMA), monitora os ninhos de tartarugas e os encalhes de animais marinhos na região.

Segundo Botticelli os cachalotes, mesmo tendo as mesmas dimensões de uma baleia, são parentes mais próximo dos golfinhos e das orcas: se alimentam principalmente de lulas, que capturam mergulhando as vezes a mais de 2.000 metros de profundidade.

Integrantes das equipes do PAT Ecosmar e do Instituto Baleia Jubarte fizeram a biometria e coletaram amostras dos tecidos e de vários orgãos: o avançado estado de decomposição impossibilitou identificar a causa da morte do cachalote.
Fonte: http://www.sulbahianews.com.br

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Forum Social Temático inclui Plantas Medicins e Práticas Tradicionais e Populares de Cuidado

Fiocruz no Fórum Social Temático 2012

A Fiocruz, por meio da Rede Saúde e Cultura, é uma das instituições participantes do Fórum Social Temático (FST) 2012, preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, que será realizada em junho deste ano. O FST faz parte do Fórum Social Mundial, promovido por vários movimentos sociais brasileiros entre os dias 24 e 29 de janeiro, no Rio Grande do Sul.

A Rede Saúde e Cultura, parceria entre a Fiocruz e a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, elaborou, em conjunto com outras instituições e movimentos sociais, uma série de atividades que abordam o conceito ampliado da saúde, sob aspectos culturais e sociais. Pretende-se ainda elaborar uma agenda estratégia para a Rio + 20 a fim de mostrar a importância de se inserir a pauta da saúde nas discussões da Conferência. “A Fiocruz já está trabalhando junto ao Ministério da Saúde para que a saúde entre de forma mais veemente nesta discussão, para alcançar maior visibilidade e importância”, afirma a coordenadora da Rede Saúde e Cultura e da Coordenação de Programas e Projetos da FIOCRUZ Brasília, Luciana Sepúlveda.

Experiências realizadas por várias instituições e movimentos sociais serão compartilhadas ao longo do evento. A programação, que abordará a relação entre saúde, cultura, ambiente e justiça social, tem como objetivo mostrar a importância de fortalecer e avaliar como se dá a relação entre saúde e cultura em vários eixos, entre eles, o das práticas populares, educação, terapias e promoção da saúde. Entre os participantes estão: Ministério da Saúde, Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Fiocruz, Ministério da Cultura, Anvisa, Articulação Nacional de Educação e Práticas Populares (ANEPS), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Rede Nacional de Religiões Afro em Saúde (Renafro), Centro de Movimentos Populares (CMP).

Ao longo do evento, serão realizadas oficinas e apresentações dos VJ’s de Manguinhos, vídeo-debate, oficinas, lançamentos de livros e rodas de conversa, que abordarão os seguintes temas: “A Educação Popular, as Práticas Populares em Saúde e as Políticas Públicas: A Política Nacional de Educação Popular e os Movimentos Sociais”; “Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Implementação da Política Nacional e Estadual”; “Racismo, Homofobia e Lesbofobia Institucional na Gestão Pública”; “Grandes Empreendimentos e a Luta pela Saúde Ambiental”; “Visibilidade Travesti”; “Conexões entre Saúde, Ambiente e Sustentabilidade: Perpectivas para a Rio + 20”; “Política Pública, Participação Social e Governança em Favelas”; “Nau da Arte, Saúde e Diversidade”, entre outros. (confira a programação)

“Quando se fala de saúde e cultura, estamos defendendo o direito à diversidade, como exemplo, a diversidade nas formas de cuidados em saúde. É reconhecer que o cuidado com a saúde vai além dos hospitais, dos médicos e dos remédios”, explica Sepúlveda. Para a pesquisadora, as pessoas normalmente associam a saúde principalmente à doença, ou seja, à falta de saúde. “Saúde é a pessoa ter condições biológicas, físicas, psíquicas e sociais de exercer todos os seus direitos como cidadão, e não só a ausência de doença”.

Para o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do FST e professor da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, Jorge Senna, a participação da Fiocruz, é importante uma vez que possibilita o diálogo das entidades com o saber popular, que vai além da pesquisa acadêmica. “Estamos construindo parcerias com outras entidades, além do movimento social, que conseguem dialogar com outros movimentos. É a unificação desses saberes para um mundo melhor”.

Sobre a participação da Fiocruz no FST, Luciana considera uma oportunidade de integrar várias iniciativas realizadas pela instituição para discutir questões que não estão restritas à área da produção científica, mas que envolvem também as políticas sociais. “Para Fiocruz é um momento de encontrar, interagir e escutar o movimento social”, conclui.

Segundo Sepúlveda, a Rede Saúde e Cultura também mostrará para a população que ela pode se engajar e participar de iniciativas que visam à promoção da saúde. “Vamos levar ao conhecimento de todos de que existe a Rede Saúde e Cultura, mostrar o que ela faz e incentivar a participação de outras pessoas, uma vez que ela se fortalece com a participação de todos”, explica.

Oficina de Formação dos bolsistas FioMinC e Encontro da Regional Sul da Rede Saúde e Cultura

Além da programação prevista para o FST, a Rede Saúde e Cultura promoverá duas outras atividades em Porto Alegre: a Oficina de Formação dos bolsistas FioMinC e o Encontro da Regional Sul da Rede Saúde e Cultura, realizados nos dias 23 e 27 e 28, respectivamente.

O Encontro Regional tem por objetivo divulgar a Rede, mapear atores com ações na interface entre saúde e cultura, além de promover troca de experiência e reflexões sobre a importância da cultura para a saúde. O Encontro visa ainda a colaborar com a construção coletiva de uma pauta local para a Rede em 2012 e propor a criação de comitês locais. “O grande objetivo do encontro é mobilizar atores dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina para que eles se reconheçam na Rede e passem a participar de forma ativa na construção de pautas de prioridades voltadas para a região sul”, explica Sepúlveda.

A pesquisadora fala ainda sobre a importância de se realizar a formação dos agentes de cultura e saúde: “iremos discutir com o grupo a percepção sobre o conceito de saúde e cultura para que compartilhemos de uma visão harmoniosa. Também serão enfatizados os eixos de atuação da rede e de que forma será a colaboração das regionais”, complementa. Entre os participantes da Oficina, estão os bolsistas contratados pela Rede que trabalham na Fiocruz e em diversas regionais do Ministério da Cultura no Brasil.

Fórum Social Temático 2012

Evento organizado por um grupo de ativistas e movimentos sociais ligados ao processo do Fórum Social Mundial. Sob tema “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”. Tem como proposta ser um espaço de debates preparatório para a Cúpula dos Povos, reunião alternativa à Rio + 20. O evento será realizado em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, entre 24 e 29 de janeiro.

Mari Gemma De La Cruz
Audaces Fortuna Juvat. Maktub!
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